Agronegócios
Mais de 200 profissionais da Secretaria de Agricultura de São Paulo participam de treinamento em doenças de animais aquáticos
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O objetivo do evento foi capacitar os profissionais envolvidos nas atividades da cadeia produtiva da pesca e da aquicultura a temas relacionados à sanidade dos animais aquáticos. A ideia foi entender as necessidades de ações de vigilância, identificação e suspeita de doenças e colheitas de amostras a fim de atender ao Programa Nacional de Animais Aquáticos, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
Segundo o diretor do Instituto de Pesca, Vander Bruno dos Santos, a aquicultura é uma atividade que vem crescendo no Brasil, por isso, há maior possibilidade de ocorrência de doenças, devido a maior produtividade e maior densidade na produção. “Desta forma, é importante que toda a Secretaria esteja preparada para evitar que determinadas doenças e viroses cheguem a nosso Estado e, caso ocorram infecções, orientar de forma correta os produtores para minimizar os prejuízos”, afirma.
O IP, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), desenvolve pesquisas na área de sanidade da aquicultura e tem trabalhado de forma integrada com as demais coordenadorias da pasta. Segundo Vander, o Instituto realiza pesquisas em bacteriose e está equipando laboratório para realizar o diagnóstico de viroses em peixes. “Além disso, trabalhamos no desenvolvimento de vacinas e no uso de produtos, como os probióticos, que podem auxiliar na prevenção e combate dessas doenças”, explica.
Integração
A integração entre a defesa agropecuária, extensão e pesquisa é fundamental para o desenvolvimento do Programa Estadual de Sanidade de Animais Aquáticos, visto que a cadeia produtiva da aquicultura tem apresentado um importante crescimento econômico no Estado, porém com pouca adesão dos produtores ao cadastro no sistema de Gestão de Defesa Animal e Vegetal (Gedave), de acordo com a médica veterinária Adriana Muniz, do Grupo de Defesa Sanitária Animal da Coordenadoria de Defesa Agropecuária.
“Como a CDRS e o Instituto de Pesca têm uma inserção maior entre os produtores, se faz necessário aprimorar o trabalho conjunto entre os entes da Secretaria para que trabalhem em parceria, apoiem e divulguem as ações de defesa sanitária, permitindo uma maior vigilância das doenças que podem causar prejuízos aos produtores”, afirma Adriana.
Para o coordenador da CDRS, José Luiz Fontes, o treinamento dos extensionistas é fundamental pois têm uma interlocução direta com os piscicultores e pescadores, podendo orientá-los sobre a importância de fazerem as notificações necessárias no caso de observarem qualquer irregularidade, além de ajudá-los no reconhecimento de possíveis doenças e problemas. “A notificação ajudará na resolução do problema e evitará que cause maiores danos econômicos e ambientais não só a ele próprio como a toda cadeia. Essa ação conjunta da Secretaria e o apoio dos envolvidos nas atividades fará toda a diferença”, afirma Fontes.